Meu nome é Pedro, estou com 36 anos(2004); apesar de ter pavor do
sobrenatural, sempre fui muito receptivo para este tipo de coisas. Desde pequeno
eu via vultos, sentia presenças e coisas do gênero. Fiquei bastante surpreso em
descobrir este site e constatar que várias pessoas tiveram situações semelhantes
e até muito mais assustadoras que as minhas. Vou relatar alguns casos que
aconteceram comigo.
A visita do morto
Já tive a sensação de estar sendo agarrado várias vezes quando estava na cama à
noite (graças a Deus isto parou), mas uma vez tive uma sensação totalmente
diversa que até hoje não sei explicar. Foi mais ou menos em 1993, eu estava
deitado na cama da minha mãe com ela e estava acordado olhando para o teto,
lembro de ter olhado a hora e fechado os olhos. Nesta época eu tinha um pouco de
insônia e estava BEM acordado. De repente meu corpo enrijeceu todo e fiquei
paralisado, me sentindo vendado, amarrado e amordaçado em um lugar frio no meio
de um matagal. O mais estranho é que eu via tudo sem enxergar, como mesmo de
olhos fechados, sabemos os lugares de tudo em nosso quarto. Eu/ele estava jogado
no chão e tinha mais 6 ou 7 homens com ele falando entre si, mas eu não pude
escutar nada. Eles puxaram suas armas e descarregaram em mim/nele. Fiquei
pulando na cama com o impacto das balas, mas graças a Deus não sentia dor, só
fazia o movimento do corpo sendo atingido. Ainda pude vê-los falando algo, mas
sem escutar. Depois de vários minutos (que pareceram horas), comecei a me mexer
muito lentamente e cutuquei chorando a minha mãe. Contei o que aconteceu e ela
disse que eu sonhei; mas eu estava acordado! Tratei de ficar "colado" nela para
que se algo acontecesse novamente, eu pudesse sacudi-la.
Resolvi ficar de olhos abertos e não dormir para que nada mais pudesse me
acontecer. Passados mais ou menos 20 min, senti novamente a mesma sensação, mas
desta vez estávamos cercados por repórteres que tiravam fotos do corpo. Nunca
fiquei sabendo quem me visitou aquela noite, mas espero que esteja em paz.
Viagem para Teresópolis
Teresópolis é uma cidade na região serrana do Rio de Janeiro; eu "ficava" com
uma menina que tinha uma casa lá, dentro da Granja Comari, onde é a concentração
da Seleção Brasileira. A família dela (mãe, pai, irmão e irmã e os respectivos
namorados) haviam me convidado para viajar com eles. A Anna resolveu não ir
naquele dia (ela era sempre do contra); mas como a mãe, o irmão e a irmã dela me
adoravam, me obrigaram a ir sozinho e esperar por ela lá. Como adoro viajar,
aceitei. A casa não é muito grande, mas tem 2 andares com 2 quartos em cada
andar. Os pais dela e a irmã e o namorado ficaram no 1º andar e o irmão dela, a
namorada e eu ficamos no 2º; obviamente eles em um quarto e eu em outro. O
quarto em que fiquei tinha duas camas, uma ao lado da janela (quase embaixo
dela) e a outra ao lado da porta do outro lado do quarto. O teto era um pouco
baixo e era MUITO escuro, de tal forma que a noite não se enxergava nada dentro
dele. Resolvi ficar na cama perto da janela, pois dali poderia ver todo o quarto
e como tenho a mania de dormir com a porta fechada (de tanto ver vultos passando
à noite) e encostado na parede (sempre longe da porta se possível), poderia ver
qualquer um que entrasse, tal era a diferença de luz entre a escuridão do quarto
e o lado de fora (corredor).
Antes de viajar tive o impulso (quase uma obrigação) de levar uma lanterna,
coisa que eu NUNCA fizera antes. Passamos o dia numa boa e na hora de dormir
cada um foi para o seu quarto e eu resolvi pôr a lanterna do meu lado no chão.
Testei várias vezes o local exato aonde poria a lanterna, para não precisar
ficar tateando a esmo no escuro.
Mais tarde comecei a ouvir ao longe tambores como nos filmes de Tarzã e de
repente ouvi um barulho DENTRO do quarto! Rapidamente meti a mão aonde tinha
deixado a lanterna e ela NÃO ESTAVA LÁ! Comecei a tatear freneticamente e então
alguém falou comigo:
-Não precisa se preocupar querido, sou eu.
A voz era bastante rouca e tentava imitar a voz da mãe da Anna que sempre me
chamou assim. Eu pensei o que D. Sueli está fazendo aqui? O que o marido dela
vai pensar? Então me lembrei que era IMPOSSÍVEL entrar no quarto sem que eu
visse por causa da diferença de luz entre o quarto e o corredor! Quando me
lembrei disso, a lanterna apareceu no lugar aonde deveria estar! Quando iluminei
o lugar de onde vinha a voz, não havia nada lá! Apavorado, voei escada abaixo e
fiquei sentado na sala esperando o dia clarear. Ainda bem que a Anna resolveu ir
no dia seguinte e tivemos uma noite sem nenhuma "visita".
e-mail para contato: cpedroat@bol.com.br
Pedro - Rio de Janeiro - RJ